DEFINIÇÔES:
Historicamente o termo "arquitetura da informação" é atribuído a Richard Saul Wurman. Wurman enxerga a arquitetura assim como ela é "usada por arquitetos de palavras de política externa".
A arquitetura tradicional (voltada para a construção civil) é conceituada como a arte ou técnica de projetar e edificar ambientes habitados. Como atividade humana, ela existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries, e tem evoluído à medida que ganhou importância o design do ambiente construído, buscando-se a organização de espaços físicos.
Nos tempos atuais, um novo tipo de arquitetura tem sido necessário, sobretudo em grandes organizações. Lidando com estruturas digitais de informação e software, ao invés de estruturas físicas de alvenaria, a Arquitetura de Informação consiste no design de ambientes informacionais compartilhados e resistentes à entropia, que vem a ser o estado de desordem natural de qualquer sistema, na ausência de uma força organizadora.
Muitos dos artigos publicados sobre esse tema apontam o design de interfaces ou a estruturação de sítios na Web, como o seu principal foco. Entretanto a interface é uma janela para a informação. Até mesmo a melhor interface só é tão boa quanto a informação por trás dela. O oposto também é valido: até a informação mais compreensivelmente formatada só será tão útil quanto a sua interface. Assim, embora mutuamente dependentes, essas disciplinas não são a mesma coisa, nem tampouco estão contidas integralmente uma na outra.
Não por acaso, a Arquitetura de Informações guarda muitas semelhanças com aquela sua ancestral. A principal delas é a característica de ser centrada no ser humano: como a informação só pode existir em "comunidades de sentido", a Arquitetura de Informações trata primeiramente de pessoas, buscando assegurar-lhes conforto e, somente depois, de tecnologia.
Com esse objetivo, faz-se necessário, por exemplo, o estabelecimento de padrões capazes de homogeneizar o significado de palavras, expressões e símbolos utilizados em todo o ciclo de produção das soluções de tecnologia da informação. Um vocabulário controlado contribui muito para minimizar as barreiras de entendimento, proporcionando um meio eficiente e confiável para a troca de informações.
Nas organizações situa-se no domínio dessa disciplina a responsabilidade por manter a "visão do todo", assim materializada no modelo arquitetural das informações corporativas voltadas ao atendimento das necessidades dos clientes, acionistas e sociedade, considerando o movimento do mercado e em conformidade com órgãos reguladores.
CONCEITOS:
O termo "arquitetura da informação" descreve um conjunto de habilidades especializadas que se relaciona à interpretação da informação e expressão de distinções entre signos e sistemas de signos. Há algum grau de origem na biblioteconomia. Muitas escolas com biblioteca e departamentos de ciência da informação ensinam arquitetura da informação.A arquitetura da informação é a categorização da informação em uma estrutura coerente, preferencialmente aquela que a maioria das pessoas possa compreender rapidamente. Geralmente é hierárquica, mas pode ter outras estruturas, como concêntrica ou até mesmo caótica. Ela está totalmente relacionada com filosofia e semiótica.
No contexto do projeto de sistemas de informação, a arquitetura da informação refere-se à análise e ao design dos dados armazenados pelos sistemas de informação, concentrando sobre as entidades, seus atributos e relacionamentos. Ela refere-se à modelagem de dados pra um banco de dados individual e para os modelos de dados corporativos que uma empresa utiliza para coordenar a definição de dados em várias (talvez dezenas ou centenas) de diferentes bancos de dados. O "modelo de dados canônico" é aplicado para tecnologias de integração como uma definição para dados específicos passados entre os sistemas de uma empresa. Em um alto nível de abstração ela também pode se referir à definição de depósitos de dados.